Trabalhadores de instituições de solidariedade em greve no próximo sábado

Os trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) anunciaram uma greve de 24 horas, no próximo sábado, para exigirem um aumento dos salários de pelo menos 80 euros e 35 horas de trabalho semanais.

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© Pedro Granadeiro / Global Imagens

Lusa
22/05/2025 14:47 ‧ há 4 horas por Lusa

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IPSS

"Após três meses de negociações, a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS) volta a propor salários mínimos para trabalhadores de exigência máxima. Por isso, voltamos à rua", refere o comunicado do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal(Cesp) no qual é anunciada a paralisação.

 

A coordenadora do Cesp, Ana Paula Quintela, disse hoje à Lusa que trabalham 200.000 pessoas nas IPSS e que nas negociações foram feitas "propostas de salários mínimos ou pouco mais do que isso".

A dirigente considerou que os trabalhadores se queixam de serem vistos como trabalhadores de pouca importância pela CNIS e pelo governo.

O sindicato referiu outras exigências como "a semana das 35 horas de trabalho para todos" e o "direito à conciliação dos horários de trabalho com a vida familiar"

A responsável apontou que os horários dos profissionais oscilam entre as 40 e 37 horas semanais.

Os trabalhadores lutam ainda pelo complemento do trabalho aos domingos, sublinhado que a renumeração ao domingo é paga como se fosse um dia da semana, segundo a coordenadora.

Ana Paula Quintela afirmou que os feriados também são pagos como se fossem um dia normal.

As principais dificuldades dos trabalhadores são os baixos salários, os horários desregulados e o trabalho nos feriados não ser reconhecido nem ser pago, assinalou a dirigente.

"A rotação de escalas [horários], causa-lhes grande desgaste físico e psicológico", indicou Ana Paula Quintela, referindo-se aos funcionários.

A valorização das carreiras e profissões dos trabalhadores das IPSS também é uma das revindicações e o fim da discriminação salarial dos educadores de infância, nas creches, também fazem parte da lista de exigências.

O sindicato espera ganhar visibilidade com a greve e uma manifestação, perante as entidades que são responsáveis pelas "condições de trabalho dos funcionários", segundo a coordenadora.

A dirigente referiu que os trabalhadores de apoio que prestam cuidados diretamente ao utente também recebem o salário mínimo, sublinhando que os funcionários de apoio representam um grande número no setor, ou seja, ajudantes de ação direta, auxiliares de ação educativa, trabalhadores de serviços gerais.

A manifestação começa às 11:00 na Estação de S. Bento, no distrito do Porto, indica a nota.

As IPSS são instituições constituídas por organismos particulares, sem fins lucrativos e que não sejam istradas pelo Estado para dar apoio a crianças, jovens, idosos e famílias, em questões como saúde, educação, formação profissional e habitação, sendo que a CNIS é a organização confederada das IPSS.

Leia Também: Trabalhadores de IPSS no Governo dos Açores sem equiparação a colegas

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