Cerca de 1.800 farmácias aderiram à dispensa de medicamentos hospitalares

Cerca de 1.800 farmácias aderiram ao serviço de dispensa de medicamentos hospitalares em proximidade, que será alargado a todas as instituições a partir de janeiro, após um mês em que oito unidades testaram este o em 40 doentes.

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Lusa
30/12/2024 08:21 ‧ 30/12/2024 por Lusa

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Farmácias

Em declarações à Lusa, o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Helder Mota Filipe, sublinhou as vantagens do o em proximidade da medicação que os doentes até aqui tinham de levantar nas farmácias hospitalares, explicando que os utentes têm de respeitar alguns critérios para poder ter o ao serviço, entre eles a estabilização da doença e a adesão à medicação.

 

"Espero que [cada entidade envolvida] esteja agora em dezembro a fazer o seu trabalho para que em janeiro possamos ter tudo em condições para que cerca 150.000 a 200.000 doentes possam ter o aos medicamentos em proximidade", disse o responsável, adiantando que já há cerca de 1.800 farmácias aderentes.

Helder Mota Filipe destacou as vantagens deste serviço, tanto para o SNS como para os utentes: "Quando temos um e em proximidade, com uma rede de cerca de 11.000 farmacêuticos comunitários, isto ajuda a esclarecer dúvidas, a garantir a adesão" à medicação.

O projeto-piloto abrangeu em dezembro oito instituições do Serviço Nacional de Saúde (sete Unidades Locais de Saúde e um Instituto Português de Oncologia), que testaram o circuito em cerca de 40 doentes.

O bastonário lembrou que muitos doentes deslocam-se de muito longe para levantar a sua medicação, frisando que este serviço em proximidade já mostrou as suas vantagens: "Cada hospital sentiu necessidade de criar uma resposta aos seus doentes durante a covid-19 e isso mostrou vantagens".

Sobre as regras de entrada dos doentes neste serviço, disse que tem de haver uma consulta farmacêutica prévia no hospital, que define se o doente é elegível, sendo a decisão tomada pelo próprio doente, que escolhe a farmácia que mais lhe convier para ar a levantar a sua medicação hospitalar.

Questionado pela Lusa, itiu que o facto de não haver consultas farmacêuticas a funcionar em todos os hospitais pode atrasar este serviço, mas lembrou que os farmacêuticos do ambulatório hospitalar vão ficar mais disponíveis pois, quanto mais doentes transferirem para a proximidade, menos terão todos os meses no hospital para fazer a dispensa de medicamentos.

Reconheceu que será preciso "um esforço maior no início para garantir as consultas farmacêuticas", porque, a seguir, "estes doentes vão exigir menos da farmácia hospitalar porque vão ficar [a ser seguidos] em proximidade", num serviço de dispensa que inclui um total de 150 substâncias ativas.

Um estudo realizado pela Associação Portuguesa de es Hospitalares (APAH) concluiu que, para levantar o medicamento no hospital, os doentes fazem, em média, 100 a 112 quilómetros por viagem e que cada utente, por ano, gasta nestas deslocações cerca de 260 euros.

"Se conseguirmos evitar estas deslocações em doentes que estão muito debilitados ou que fazem a sua vida normal, mas têm de ir todos os meses ao hospital e faltam ao trabalho, só aqui há uma poupança imensa para o sistema", constatou Helder Mota Filipe.

O bastonário lembrou que a pandemia veio obrigar muitos doentes a acederem aos seus medicamentos nas farmácias de proximidade e que, no pós-pandemia, os dados recolhidos mostraram que 91% dos doentes que acediam em proximidade à medicação "estavam satisfeitos e queriam continuar a ter o a estes medicamentos na sua farmácia".

"Há um conjunto de aspetos, todos no interesse dos doentes, que nós, sendo responsáveis, não podemos de maneira nenhuma ignorar", considerou o bastonário, acrescentando: "Temos a responsabilidade de implementar o mais rapidamente possível este serviço e a ordem não vai pactuar com atrasos, seja qual for a razão, porque é para bem dos doentes", sublinhou.

Leia Também: Governo e Farmacêuticos em reunião sem acordo. Será retomada no dia 3

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