As forças de segurança informaram que os confrontos começaram após uma manifestação convocada naquela localidade em resposta a uma alegada agressão sexual.
De acordo com a PSNI, várias pessoas encapuzadas afastaram-se do protesto pacífico, erigiram barricadas e atacaram habitações e estabelecimentos numa zona de Ballymena.
Os agressores atacaram ainda os agentes da polícia autónoma com engenhos incendiários e pedras, provocando ferimentos a 15 elementos da força de segurança.
Um porta-voz da polícia classificou o incidente, que resultou na detenção de um homem de 29 anos, como um "crime de ódio com motivações raciais".
O deputado local Jim Allister, líder do partido radical Voz Unionista Tradicional (TUV), afirmou que o "contexto" da manifestação está relacionado com uma "mudança demográfica significativa na zona", causada por uma "imigração desenfreada".
O político protestante sublinhou que os distúrbios ocorreram após uma manifestação "pacífica" organizada em apoio à família de uma criança que terá sido vítima de uma agressão sexual.
Relativamente a este caso, dois adolescentes compareceram na segunda-feira perante um tribunal em Coleraine, acompanhados por um intérprete de romeno, tendo o Ministério Público apresentado acusações por tentativa de violação.
A ministra da Justiça e da istração Interna da Irlanda do Norte, Naomi Long, declarou-se hoje "horrorizada" com os ataques perpetrados contra a polícia, estabelecimentos comerciais e "residentes aterrorizados".
A governante, que lidera o Partido da Aliança, de cariz multiconfessional, apelou aos políticos locais e líderes comunitários para que condenem os distúrbios e usem a sua influência a fim de "evitar novos episódios de desordem ou violência".
"Os ataques a residências e a agentes da polícia não têm outro propósito senão causar danos às comunidades e agravar as tensões", frisou Long, membro do Governo de Belfast, composto por nacionalistas e unionistas.
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