Trump ameaça travar com o exército protestos na Califórnia contra rusgas

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou este sábado "intervir" com o envio do exército para travar os protestos em Los Angeles, em reação a uma série de rusgas anti-imigração levadas a cabo nos últimos dois dias.

California, rusgas

© Myung J. Chun / Los Angeles Times via Getty Images

Lusa
08/06/2025 02:58 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Estados Unidos

"Se o governador Gavin Newscum ['nova escumalha', alcunha de Trump para o governador democrata Newsom], da Califórnia, e a prefeita Karen Bass, de Los Angeles [também democrata], não puderem fazer seu trabalho, o que todos sabemos que não podem, então o governo federal intervirá e resolverá o problema", ameaçou o Presidente numa mensagem na sua rede social, Truth Social.

 

O aviso foi feito pouco depois de Tom Homan, nomeado por Trump como "czar da fronteira", ter dito numa entrevista à Fox que a Casa Branca vai enviar a Guarda Nacional dos Estados Unidos para as ruas de Los Angeles, na sequência de dois dias de protestos provocados por múltiplas rusgas do Serviço de Imigração e Fronteiras (Immigration and Customs Enforcement, ICE) nas ruas e nos locais de trabalho.

O governo federal está a assumir o controlo da Guarda Nacional da Califórnia e vai enviar 2.000 soldados", confirmou Newsom este sábado através de um comunicado.

"Esta medida é deliberadamente provocatória e só vai aumentar as tensões", acrescentou o governador democrata, depois de criticar as rusgas que começaram na sexta-feira.

Este sábado, a cidade de Paramount, na Califórnia, foi palco confrontos entre manifestantes e agentes de vários serviços de segurança norte-americanos, deslocados em mais de 50 veículos federais, junto a uma empresa onde foi efetuada uma rusga anti-imigração clandestina.

Ativistas e membros da comunidade protestaram para tentar impedir as detenções, mas durante mais de duas horas os agentes federais repeliram os manifestantes com gás lacrimogéneo e granadas de atordoamento.

Foram registados vários feridos entre os manifestantes, atingidos por balas de borracha e granadas lançadas pelas autoridades, que utilizaram táticas militares para dispersar os manifestantes e retirar os detidos.

O Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos também já reclamou da reação da população do estado às operações anti-imigração, marcada por vários atos de vandalismo contra o edifício federal em Los Angeles, assim como contra veículos do ICE na noite de sexta-feira, no final do primeiro dia de rusgas em pelo menos sete locais da cidade.

As operações foram apoiadas por agentes em uniformes camuflados e veículos blindados, que utilizaram gás para dispersar os manifestantes.

O FBI confirmou num comunicado a participação de agentes seus nas rusgas de imigração. Também foram vistos agentes com identificação da DEA, a unidade anti-droga da polícia norte-americana.

Esta é a maior operação simultânea a ocorrer em Los Angeles e noutras cidades da Califórnia desde que Donald Trump chegou à Casa Branca com a promessa de deportações em massa.

Nas últimas semanas, a istração republicana efetuou várias alterações no seio do ICE com o objetivo de promover mais detenções. O objetivo do executivo norte-americano é efetuar, pelo menos, 3.000 detenções por dia.

Leia Também: Donald Trump envia dois mil soldados para a Califórnia após protestos

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