Segundo noticia hoje a imprensa israelita e palestiniana, a milícia reúne membros de uma tribo beduína liderada por Yasser Abu Shabab.
O Conselho Europeu para as Relações Internacionais (ECFR) descreve Abu Shabab como o líder de um "bando criminoso que opera na região de Rafah [cidade situada entre a Faixa de Gaza e o Egito] e acusado de saquear camiões de ajuda humanitária" em Gaza.
Numa entrevista concedida ao canal público israelita Kan, o deputado e ex-ministro da Defesa israelita Avigdor Lieberman declarou que o governo de Netanyahu estava a fornecer armas "a um grupo de criminosos e malfeitores".
"O que Lieberman divulgou? Que fontes de segurança ativaram um clã de Gaza que se opõe ao Hamas? O que há de errado nisso?", questionou Netanyahu num vídeo publicado na quinta-feira na conta pessoal na rede social X.
"Só há coisas boas", sublinhou Netanyahu.
"Isso salva a vida de soldados israelitas" na Faixa de Gaza, onde Israel combate o Hamas desde o seu ataque sem precedentes em solo israelita em 07 de outubro de 2023, o que desencadeou a guerra.
Michael Milshtein, especialista em assuntos palestinianos do Centro Moshe Dayan de Telavive, disse à agência noticiosa -Presse (AFP) que o clã Abu Shabab fazia parte de uma tribo beduína que vivia na península egípcia do Sinai.
Segundo Milshtein, alguns membros da tribo estão envolvidos em "todo o tipo de atividades criminosas, tráfico de drogas e outras coisas do género".
Abu Shabab ou algum tempo na prisão em Gaza e os líderes do clã denunciaram-no recentemente como um "colaborador e 'gangster'" israelita, acrescentou o analista do Centro Moshe Dayan.
"Parece que o Shabak [acrónimo em hebraico da Agência de Segurança Interna, também conhecida como Shin Bet] ou o exército acharam que era uma excelente ideia transformar esta milícia, este gangue na verdade, num agente, dar-lhe armas e dinheiro e protegê-lo das operações do exército", acrescentou Milshtein.
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