Israel confirma apoio a clã armado que se opõe ao Hamas em Gaza

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, reconheceu hoje que Israel está a apoiar uma milícia palestiniana em Gaza que se opõe ao movimento islâmico Hamas, após um ex-ministro ter declarado que Telavive teria transferido armas para esse grupo.

benjamin Netanyahu

© RONEN ZVULUN/POOL/AFP via Getty Images

Lusa
06/06/2025 13:21 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Segundo noticia hoje a imprensa israelita e palestiniana, a milícia reúne membros de uma tribo beduína liderada por Yasser Abu Shabab. 

 

O Conselho Europeu para as Relações Internacionais (ECFR) descreve Abu Shabab como o líder de um "bando criminoso que opera na região de Rafah [cidade situada entre a Faixa de Gaza e o Egito] e acusado de saquear camiões de ajuda humanitária" em Gaza.

Numa entrevista concedida ao canal público israelita Kan, o deputado e ex-ministro da Defesa israelita Avigdor Lieberman declarou que o governo de Netanyahu estava a fornecer armas "a um grupo de criminosos e malfeitores".

"O que Lieberman divulgou? Que fontes de segurança ativaram um clã de Gaza que se opõe ao Hamas? O que há de errado nisso?", questionou Netanyahu num vídeo publicado na quinta-feira na conta pessoal na rede social X.

"Só há coisas boas", sublinhou Netanyahu.

"Isso salva a vida de soldados israelitas" na Faixa de Gaza, onde Israel combate o Hamas desde o seu ataque sem precedentes em solo israelita em 07 de outubro de 2023, o que desencadeou a guerra.

Michael Milshtein, especialista em assuntos palestinianos do Centro Moshe Dayan de Telavive, disse à agência noticiosa -Presse (AFP) que o clã Abu Shabab fazia parte de uma tribo beduína que vivia na península egípcia do Sinai.

Segundo Milshtein, alguns membros da tribo estão envolvidos em "todo o tipo de atividades criminosas, tráfico de drogas e outras coisas do género".

Abu Shabab ou algum tempo na prisão em Gaza e os líderes do clã denunciaram-no recentemente como um "colaborador e 'gangster'" israelita, acrescentou o analista do Centro Moshe Dayan.

"Parece que o Shabak [acrónimo em hebraico da Agência de Segurança Interna, também conhecida como Shin Bet] ou o exército acharam que era uma excelente ideia transformar esta milícia, este gangue na verdade, num agente, dar-lhe armas e dinheiro e protegê-lo das operações do exército", acrescentou Milshtein.

Leia Também: UE está "mais bem preparada" para lidar com pressões migratórias

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas