Ao apresentar a estrutura organizativa do plano do quinto recenseamento geral da população e habitação, a presidente do INE, Elisa Ana Mónica Magaua, avançou que se espera um crescimento face à operação de 2017, quando foram registados pouco mais de 26 milhões de habitantes em Moçambique.
O recenseamento geral da população e habitação vai decorrer de 01 a 15 de agosto de 2027, a decorrer pela primeira vez através das plataformas digitais e com resultados em seis meses.
"O primeiro desafio consiste na realização de um senso digital num país pouco digitalizado, os recursos humanos escassos com qualificação, a cobertura parcial da rede elétrica e de internet e o estado precário das vias de o", disse a presidente do INE.
A realização do recenseamento populacional, disse Elisa Ana Mónica Magaua, está avaliada em pouco mais de 110 milhões de dólares (96,2 milhões de euros), em que o Banco Mundial já garantiu o financiamento inicial de 12,7 milhões de dólares (11 milhões de euros).
A presidente do INE garantiu também estarem criadas as condições para a realização do recenseamento populacional para deslocados em face de ataques terroristas e outros por eventos climáticos.
A primeira-ministra de Moçambique, Maria Benvinda Levi, presente no lançamento do quinto censo populacional, pediu o envolvimento de todos na atividade, defendendo que se trata de uma ação que visa aferir o estágio do país nos seus diferentes seguimentos.
"O censo da população e habitação trará informações essenciais que poderão auxiliar na conceção de programas que visam reduzir desigualdades no o às oportunidades e na definição de políticas públicas assertivas, assim como no alcance das metas definidas no âmbito dos objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas e da Agenda 2063 da União Africana", disse a primeira-ministra, ao fazer o lançamento do recenseamento.
O Governo moçambicano tinha avançado em maio o que o recenseamento populacional de 2027 vai determinar: "quanta população infantil temos, quanta população jovem, adulta e na terceira idade temos, portanto, o censo populacional vai-nos permitir falar com certeza sobre o processo de desenvolvimento e também vai permitir que planifiquemos de forma melhor as diferentes dinâmicas e diferentes necessidades que as populações tem em relação ao nosso país".
"Moçambique adotou de dez em dez anos fazer o censo populacional para compreender as dinâmicas populacionais territoriais que ocorrem para compreender quem somos, onde estamos, como estamos e onde cada um está de facto, para depois, com os resultados que isto nos vai dar, permitir que o Governo defina melhores políticas", declarou o porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa.
O censo "vai ajudar a melhor planificar para resolver os problemas das populações", insistiu.
O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) estima em 34 milhões a população moçambicana em 2025, contra pouco mais de 26 milhões do último censo, realizado em 2017.
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