Grossi pede a Teerão maior transparência sobre programa nuclear

 O diretor da Agência Internacional da Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, pediu hoje a Teerão maior transparência sobre o programa nuclear.

Egypt hosts Iran-IAEA nuclear talks

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Lusa
02/06/2025 13:55 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

AIEA

As declarações de Grossi ocorreram durante uma conferência de imprensa no Cairo, antes de uma reunião tripartida com os chefes da diplomacia egípcia e iraniana, Badr Abelatty e Abbas Araghchi, respetivamente.

 

A reunião vai decorrer um dia depois da publicação de um relatório da agência da ONU de acordo com o qual o Irão aumentou a produção de urânio enriquecido a 60%, próximo dos 90% necessários para fabricar armas atómicas.

Na conferência de imprensa, Grossi defendeu o relatório, descrevendo o documento como imparcial.

O Irão rejeitou as conclusões da AIEA, qualificando-as como uma manobra política baseada em informações pouco fiáveis e enganadoras.

O chefe da diplomacia do Egito apelou para uma solução pacífica, sublinhando que a região do Médio Oriente "está farta" de crises.

No sábado, o Irão avisou que vai retaliar se os países europeus usarem o relatório da AIEA para fins políticos.

As conclusões da ONU foram divulgadas numa altura em que Washington e Teerão mantêm conversações para tentarem chegar a um novo acordo sobre energia nuclear.

No sábado, o ministro iraniano afirmou que tinha "recebido elementos" de uma proposta dos Estados Unidos após cinco rondas de negociações mediadas por Omã.

Hoje, Teerão instou os Estados Unidos a fornecerem garantias sobre o levantamento das sanções que estão a afetar a economia do país.

"Queremos garantias de que as sanções vão ser levantadas", afirmou o porta-voz da diplomacia iraniana, Esmail Baghai.

A França, o Reino Unido e a Alemanha são, juntamente com a Rússia e a República Popular da China, membros de um acordo de supervisão do programa nuclear iraniano datado de 2015.

Os Estados Unidos retiraram-se unilateralmente três anos depois da do tratado, durante o primeiro mandato presidencial de Donald Trump (2017-2021).

O Conselho de Governadores da AIEA vai reunir-se de 09 a 13 de junho na Áustria, encontro trimestral durante qual vai ser analisada a atividade nuclear iraniana.

Países ocidentais, liderados pelos Estados Unidos e Israel, Estado inimigo do Irão e considerado pelos especialistas como a única potência nuclear do Médio Oriente, disseram suspeitar que Teerão pretende adquirir armas nucleares.

O Irão nega ter ambições militares e insiste no direito ao o à energia nuclear civil, nomeadamente para fins energéticos, ao abrigo do Tratado de Não Proliferação (TNP) de que é signatário.

Leia Também: ONU exige investigação sobre morte de palestinianos em entrega de ajuda

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