Quénia e Eslovénia defendem multilateralismo e apelam à reforma da ONU

Os Presidentes do Quénia e da Eslovénia defenderam hoje, em Nairobi, o multilateralismo, que está a ser posto em causa pela atual política norte-americana, e apelaram à reforma das Nações Unidas para que reflita o mundo atual.

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Lusa
31/05/2025 15:58 ‧ há 2 dias por Lusa

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Diplomacia

O apelo da Presidente eslovena, Natasa Pirc Musar, e do seu homólogo queniano, William Ruto, foi feito no final de um encontro na State House, a sede da Presidência queniana, em Nairobi, no primeiro dia da visita de Estado de três dias da líder eslovena.

 

"As nossas conversações também abordaram a necessidade urgente de se reformar as Nações Unidas, em particular o Conselho de Segurança, para melhor refletir a dinâmica global contemporânea", afirmou Ruto, numa declaração conjunta à imprensa.

"Reconhecemos que o sistema multilateral deve evoluir para refletir as realidades atuais e garantir uma maior equidade, inclusão e responsabilidade. Reafirmámos a importância da representação permanente de África no Conselho de Segurança", sublinhou o chefe de Estado queniano.

O diálogo de hoje, acrescentou Ruto, reflete o "empenho comum" dos dois países no multilateralismo.

Musar, que chegou ao início da manhã de hoje a Nairobi, subscreveu essa mensagem: "O Presidente e eu acreditamos no multilateralismo", disse.

"O mundo tem muitos problemas hoje em dia e nós acreditamos nas Nações Unidas, no direito internacional e no direito humanitário", disse Musar, cujo país detém atualmente um lugar não permanente no Conselho de Segurança da ONU.

"A Eslovénia e o Quénia vão cooperar neste fórum multilateral, o único de que dispomos. E penso que é essencial fazer avançar este fórum", sublinhou Musar.

Ruto e Musar debateram também os conflitos em África, na Europa e no Médio Oriente.

"No que se refere à paz e à segurança, o Quénia e a Eslovénia partilham o interesse comum de promover a estabilidade regional e mundial (...). Concordámos em continuar a colaborar nos esforços para promover a paz no Corno de África, na região dos Grandes Lagos e a nível mundial", afirmou o líder queniano.

A Presidente eslovena detalhou que debateram "os conflitos que na Europa e no Médio Oriente, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a questão palestiniana, a crise humanitária em Gaza".

"Temos de estar abertos ao diálogo e temos de nos esforçar por encontrar soluções", afirmou Musar.

A líder eslovena será a convidada de honra nas celebrações do Dia de Madaraka, no condado de Homa Bay, na parte ocidental do Quénia, que em 01 de junho de 1963, a então colónia britânica se tornou autónoma.

A independência viria a ser proclamada em 12 de dezembro de 1963.

Esta visita histórica, que se realiza 21 anos após o estabelecimento de relações diplomáticas entre o Quénia e a Eslovénia, é também a primeira de um chefe de Estado esloveno ao país da África Oriental.

Leia Também: Morreu o escritor queniano Ngugi Wa Thiong'o, eterno candidato ao Nobel

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