A probabilidade de qualquer pessoa ter demência ao longo da vida pode ser muito maior do que se pensava anteriormente.
Um estudo elaborado este ano, que acompanhou uma grande amostra de adultos americanos ao longo de mais de três décadas, descobriu que a probabilidade média de desenvolver demência entre os 55 e 95 anos é de 42%, e esse número é ainda maior entre mulheres, adultos negros e pessoas com risco genético.
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Atualmente, muita atenção está a ser dada a forma de evitar o declínio cognitivo na população americana idosa. Mas o que muitas vezes falta nessa discussão é o papel que o stress crónico pode desempenhar na qualidade do envelhecimento cognitivo das pessoas, bem como no risco de demência em todos.
Estudos recentes elaborados pelos professores do Centro para o Envelhecimento Saudável da Penn State, mostram que os americanos de meia-idade ou mais velhos relatam vivenciar eventos stressantes com mais frequência do que as gerações anteriores.
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Um fator-chave por detrás desse aumento parece ser a crescente insegurança económica e laboral, especialmente após a Grande Recessão de 2007-2009 e as constantes mudanças no mercado de trabalho.
Embora todos sintam algum stress no dia a dia, algumas pessoas sofrem de stress mais intenso, persistente ou prolongado. É esse stress relativamente crónico que está mais consistentemente associado a uma saúde mais precária. Com o tempo, os efeitos do stress tendem a aumentar, desgastando os sistemas do corpo e moldando hábitos emocionais e sociais de longo prazo.
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