Salários: Quais as diferenças entre trabalhar no público ou privado?
Confira os valores e saiba como se explicam as diferenças.

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Economia
INE
No privado
"A remuneração bruta total mensal média por trabalhador (por posto de trabalho) aumentou 5,3%, para 1.525 euros, no trimestre terminado em março de 2025 (correspondente ao 1.º trimestre do ano), em relação ao mesmo período de 2024. A componente regular e a componente base daquela remuneração aumentaram 5,4% e 5,1%, situando-se em 1.356 euros e 1.270 euros, respetivamente", pode ler-se no relatório do INE.
Ora, "em termos reais, tendo por referência a variação do Índice de Preços do Consumidor, a remuneração bruta total mensal média aumentou 2,9% e as suas componentes regular e base aumentaram 3,1% e 2,8%", segundo o INE, que sublinha que "estes resultados abrangem 4,7 milhões de postos de trabalho, correspondentes a beneficiários da Segurança Social e a subscritores da Caixa Geral de Aposentações, mais 2,3% do que no mesmo período de 2024".
No público
"No setor institucional das istrações Públicas (AP) observou-se um acréscimo homólogo de 6,3% na remuneração total média por trabalhador (posto de trabalho), que atingiu 2.021 euros em março de 2025 (1.902 euros um ano antes). Neste período, a componente regular aumentou 6,3%, de 1.793 euros para 1.906 euros, e a remuneração base registou um aumento de 4,8%, ando de 1.683 Euros para 1.764 euros", pode ler-se no relatório do INE.
Em termos reais, "nas AP, as remunerações total, regular e base aumentaram 3,9%, 4,0% e 2,5%, respetivamente".
As diferenças
Segundo o INE, as "diferenças nos níveis remuneratórios médios entre o setor das AP e o setor privado refletem, entre outras, diferenças no tipo de trabalho realizado, na composição etária (com impacto na acumulação de capital humano e de experiência profissional) e nas qualificações dos trabalhadores que os integram".
"Verifica-se que os trabalhadores do sector das AP têm, em média, níveis de escolaridade mais elevados: 55,9% dos trabalhadores neste setor tinham ensino superior (25,9% no setor privado), 27,2% tinham completado o ensino secundário ou pós-secundário (35,0% no setor privado) e 16,9% tinham um nível de escolaridade correspondente, no máximo, ao 3.º ciclo do ensino básico (39,1% no setor privado)", pode ler-se.
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