Em comunicado divulgado hoje pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Benfica SAD confirma ter recebido, na segunda-feira, dois comunicados de participação qualificada de Jean-Marc Chapus e Elliot Holton Hayes, referente a direitos de voto inerentes a ações representativas de 5,24% do capital social.
As 753 mil ações detidas por Vieira correspondiam a 3,28% da sociedade desportiva 'encarnada' e tinham sido penhoradas ao antigo dirigente por uma ação movida pelo Novo Banco, que reclamava o pagamento de 7,5 milhões de euros de um financiamento feito à Promovalor.
Na ada quarta-feira, em comunicado, o Benfica anunciou que iria requerer a nulidade do leilão que resultou na venda dos referidos títulos por 7,07 euros, por não ter sido notificado quanto ao seu direito de preferência.
De acordo com o comunicado de hoje, "o clube ainda não recebeu qualquer notificação quanto ao seu direito de preferência na transmissão de parte das ações acima referidas, pelo que, cautelarmente, requereu a nulidade da venda, não tendo o clube sido notificado de qualquer despacho relativamente a essa arguição".
A SAD 'encarnada' dá ainda conta de diligências para "averiguar se as disposições estatutárias sobre a aquisição de ações da Benfica SAD por entidades concorrentes são ou não aplicáveis neste âmbito".
Também na quinta-feira, mas à margem da sua audição no processo 'Saco Azul', Vieira disse ter havido "incompetência" por parte do clube, por não terem falado consigo para assegurar a compra das ações e impedido que fossem transacionadas para o agora identificado fundo norte-americano, num investimento total de 5,33 milhões de euros.
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