Em 70 anos de prova, que começou como Taça dos Campeões Europeus, em 1955/56, e transitou para a atual designação em 1992/93, nunca um campeão se tinha imposto por cinco golos de diferença ao outro finalista.
Até à 'mão cheia' aplicada pelos parisienses em Munique, só por quatro vezes se tinha verificado uma diferença de quatro golos numa decisão, a última das quais em 1993/94, quando o AC Milan, treinado por Fabio Capello, bateu o FC Barcelona por 4-0, em Atenas, com golos de Massaro (dois), Savicevic e Desailly.
De resto, cinco anos antes, em 1988/89, os italianos já tinham alcançado o mesmo resultado, mas frente aos romenos do Steaua Bucareste, em Nou Camp, em Barcelona, então com as 'estrelas' neerlandesas Ruud Gullit e Marco van Basten a 'bisarem'.
Contudo, a primeira equipa a atingir os quatro tentos de diferença foi o Real Madrid, recordista de títulos europeus (15), que na quinta edição da Taça dos Campeões, em 1959/60, reforçou a hegemonia na prova com o seu quinto troféu seguido, graças a um triunfo por 7-3 sobre os alemães do Eintracht Frankfurt, em Glasgow, naquela que continua a ser a decisão com mais golos de sempre.
Só na década 70 uma equipa voltaria a garantir uma margem de quatro golos na final, no caso o Bayern Munique, em 1973/74, ainda que só o tenha alcançado no jogo de desempate -- o único da história da competição -- diante do Atlético de Madrid, em Bruxelas.
Após um empate 1-1 no prolongamento da primeira partida, as duas formações reencontraram-se três dias depois na cidade belga e os bávaros impam-se por 4-0, erguendo o primeiro de seis títulos da sua história.
Por outro lado, foram seis as ocasiões em que um campeão venceu a final por três golos de diferença, três das quais o Real Madrid: em 1999/00, diante do Valência (3-0), 2013/14, face ao Atlético de Madrid, em Lisboa (4-1, no prolongamento), e 2016/17, perante a Juventus (4-1).
Esta foi uma diferença igualmente conseguida pelo FC Porto, em 2003/04, com um triunfo por 3-0 frente ao Mónaco, o mesmo sucedendo com o Manchester United, em 1967/68, numa vitória por 4-1 sobre o Benfica, no prolongamento, e com o AC Milan, que bateu o Ajax imediatamente na época seguinte pelo mesmo resultado.
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